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Vacina para o HPV

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A vacinação, que surgiu há mais de 10 anos, mostrou-se importante na prevenção primária do câncer do colo uterino através da evidência de redução das lesões de alto grau ou displasia de alto grau em colo uterino. Apesar da vacina proteger contra os tipos 16 e 18, ela gera uma reação cruzada contra os outros subtipos oncogênicos, reduzindo a incidência de câncer de colo uterino também pelos outros subtipos virais.

O melhor momento para aplicação da vacina é antes da primeira relação sexual como prevenção primária para a infecção pelo HPV. Existem atualmente duas vacinas disponíveis, que ajudam na prevenção de certos tipos de HPV, e algumas formas de câncer que estão relacionados a esses tipos de vírus:

  • Vacina Quadrivalente: Protege contra quatro tipos do vírus: 6, 11, 16 e 18;

  • Vacina Bivalente: Protege contra dois tipos de vírus: 16 e 18.

Estas vacinas evitam 70% de todos os casos de câncer de colo do útero. Tem efeito protetor contra câncer de vulva e vagina. Tem potencial em prevenir câncer de pênis e de orofaringe.

As vacinas são seguras para meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e para meninos e homens de 9 a 26 anos de idade.

O Ministério da Saúde inclui a vacina para o HPV no Calendário Nacional de Vacinação para as meninas de 9 a 15 anos e para os meninos de 11 a 15 anos. São ministradas duas doses da vacina HPV nos tempos de 0 e 6 meses. Acima dos 15 anos, a recomendação é a aplicação de 3 doses nos tempos 0, 2 e 6 meses.

A vacina também está indicada em pacientes que convivem com HIV, em pacientes oncológicos, em pacientes imunossuprimidos e transplantados.

Os efeitos colaterais comuns incluem dor leve no local de aplicação da vacina, febre, dor de cabeça e náuseas.

Estas vacinas foram testadas em milhares de pessoas ao redor do mundo antes de serem aprovadas e os estudos não mostraram relação com efeitos secundários graves ou mortes.

Apesar da alta eficácia da vacina, ela ainda não permite o abandono dos métodos de rastreio de lesões em colo uterino e câncer em colo uterino. Isso porque uma parcela grande da população não tem acesso a essa vacina e a vacina não protege contra a todos subtipos virais que geram câncer de colo uterino.

Nos pacientes que já tiveram lesão pelo HPV, a vacinação tem seu efeito. Ela pode gerar reação cruzada e proteger contra outros subtipos do HPV. Se a paciente eliminar o vírus, a vacina pode prevenir a reinfecção. Nas pacientes que tiveram lesão de alto grau em colo uterino, a vacina protege contra a recidiva dessa lesão de alto grau.

 

 

Autor

Dr Heitor Leandro Paiva Rodrigues

Dr Heitor Leandro Paiva Rodrigues

Ginecologista e Obstetra

Especialização em Titulo de Especialista em Ginecologia E Obstetrícia no(a) FEBRASGO.